Os vampiros da vida real

De Drácula a True Blood, passando por Nosferatu e Entrevista com o Vampiro, os vampiros figuram entre as criaturas mais retratadas no cinema, na literatura e na TV. O que muita gente não sabe é que existe algo parecido com o vampirismo no mundo real. De acordo com uma publicação do Journal of the History of the Neurosciences de 2011, a Síndrome de Renfield é uma compulsão por beber sangue. 
Também chamada de "vampirismo clínico", a síndrome atinge mais homens do que mulheres e tem forte ligação sexual. As pessoas diagnosticadas tendem a se sentir poderosas após beber o sangue de seus parceiros sexuais, acreditando que ele tem poderes místicos. Para eles, é como se estivessem drenando as forças vitais da vítima.
A Síndrome de Renfield progride em três estágios. Primeiro, há o auto-vampirismo, o ato de beber seu próprio sangue. Em seguida, a zoofagia, que consiste em comer animais vivos ou beber o sangue dos mesmos. E, por fim, o consumo do sangue de seres humanos vivos. Alguns pacientes mantêm relações sexuais consensuais em que a retirada e a ingestão de sangue estão envolvidas, e outros roubam de hospitais e laboratórios. Os mais violentos recorrem ao estupro ou assassinato para satisfazer seus impulsos.
Mas o que acontece com alguém que bebe sangue? Se ingerido em grandes quantidades, pode levar a doenças cardíacas, insuficiência hepática e câncer. O sangue é rico em ferro, que, em altas doses, é tóxico, causando a hemocromatose. Sem tratamento, ela pode ser fatal.
É, infelizmente, o vampiro da vida real não tem o bônus da eternidade. Trata-se só da parte ruim.


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